terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Foda à crédito.

Estava lá escorado no balcão tomando meus chopps, experimentando toda a variedade de chopps da casa, e esperando que a sorte me jogasse nos braços de alguma garota.

Tinha uma banda tocando grunge. Eles davam conta do recado, mas as pessoas no bar não pareciam muito animadas. De vez em quando balançavam a cabeça pra lá e pra cá, e nada mais.

Uma menina que eu havia fodido com violência chegou com seu namorado e fingiu não ter me visto, ou não me conhecer. Queria poder fode-la de novo, mas o negócio dela não era comigo.

A banda anunciou que faria um intervalo e resolvi que era hora de cair fora. Bola, o dono do bar, amigo meu, pegou minha ficha, bateu na calculadora e rabiscou o valor total. Tirei umas notas da carteira e paguei o valor devido. Nos cumprimentamos em despedida e eu disse - Bota mais um chopp pra mim, do mais barato, por conta da casa - Bola riu, puxou um caneco da prateleira e mijou chopp gelado dentro dele. Peguei meu caneco de chopp e voltei para o balcão. Quando eu estava terminando meu chopp grátis, a banda voltou para o palco. Olhei em volta, as mesmas pessoas balançando a cabeça pra lá e pra cá. Entornei meu caneco, fui até o Bola e disse – Coloca aí pra mim o chopp mais amargo que você tiver – Bola riu e encheu outro caneco.

Kurt Cobain, Layne Staley, Ed Vedder, Scot Weiland. A banda lascava uma atrás da outra, só os clássicos, a guitarra distorcida fazia o chopp tremer no caneco. E a turma balançando a cabeça pra lá e pra cá, de vez em quando.

Eu precisava de uma foda.

- Bola, quanto foi esse chopp?
- Por conta da casa. – Disse ele, dando três cascudos no balcão.
- Hey, cara, melhor chopp da cidade. Vou nessa.
- Volta logo, Alvarêz, vamos agendar uma data pra você fazer um Rock Caipira aqui na caverna.
- É só chamar, marca aí na agenda que eu venho.
- Beleza.
- Fechou, abraço!
- Valeu, Alva, até.

Cruzei o bar, fiz sinal para o pessoal da banda e me mandei.

Entrei no Do Amor, dei a partida e eu realmente precisava de uma foda. Fui para o centro da cidade e dei uns três giros em frente aos puteiros da capital, mas nenhum parecia legal. Lembrei que lá pras bandas de Tijuquinhas, nas margens da 101, eu havia passado em frente à algumas casas com luzes vermelhas e que aquela seria uma boa oportunidade para conhecer umas casas novas. Peguei a Via Expressa e pisei no acelerador. Antes de tomar a BR parei no posto de gasolina e peguei uma verdinha pescoçuda. Saí do posto e pisei fundo pela rodovia, saquei fora a tampa da cerveja e desafiando a lei segui com uma mão no volante, a outra na cerveja e os olhos fixos na estrada.

Cruzei São José, Biguaçu, São Miguel, e lá na frente peguei o retorno de Tijuquinhas. Acelerei de volta e logo avistei as luzes vermelhas.

Parei o Do Amor em frente a casa.

Entrei.

Tinha uns caras lá, abraçados com umas meninas. Dei um giro por dentro do bar. Tocava um tecno brega na Jukebox e eu fiquei balançando minha cabeça pra lá e pra cá, me fazendo de interessado. Mas não seria ali que eu conseguiria uma foda, o lugar era pura depressão.

Caí fora. Entrei no Do Amor, acelerei na marcha-ré, engatei a primeira e peguei novamente a BR. Segui devagar pelo acostamento, logo em frente havia outra casa.

Parei numa subida, ao lado do bar, o estacionamento em frente estava todo ocupado. Entrei na casa e vi que tinha umas meninas sobrando. Tocava qualquer porcaria na Jukebox e eu balancei a cabeça pra mostrar estar animado e pronto pra diversão. Fui no balcão e pedi uma cerveja. Girei pelo salão com minha cerveja na mão, fui até a Juke pra ver o que tava rolando, mas só pra fingir interesse, eu queria mesmo uma foda. Voltei no balcão, tinha duas meninas lá conversando e rindo. Me meti na conversa.

- Babyes.
- Baby, que prazer recebe-lo aqui.
- Baby, você nem me conhece, posso ser um sujeito desagradável.
- Aposto que não.
- Aposto que você quer uma cerveja.
- Aposto que sim.
- Pede logo uma, vamos beber nós três.

A cerveja veio e eu colei na outra, que até então não havia dito nada, apenas sorria e me olhava. Era uma índia de cabelos muito longos, peitos muito grandes e coxas enormes. Puxei ela e a cerveja para o salão. Escolhi uma mesa e sentamos para um dedo de prosa.

- Baby, você é gostosa.
- Gostou de mim?
- Pode ter certeza. Quero ver o que tem aí debaixo.
- Vamos lá pro quarto que te mostro.
- Quanto é a hora?
- 100 meu e 30 do quarto.
- 100 você e o quarto, topa?
- 100 meu e 30 do quarto.
- Só tenho 100.
- Ah, que pena, tô morrendo de vontade de fazer um monte de coisas gostosas com você.
- Que coisas gostosas você vai fazer comigo?

A isso ela respondeu cochichando em meu ouvido e massageando meu pau. Eu disse. – Vamos nessa.

Fomos até o balcão e passei o cartão no crédito. 100 uma hora, 30 do quarto e 20 mais uma cerveja. 150. Olhei a hora pra não ser passado a perna. 03:41 da madruga. – 3 e 41, baby. – Eu disse a ela. – Uma hora é uma hora. – Complementei.

Pegamos uma ducha, antes. Ensaboei ela de cima abaixo, caprichei na xoxota, no rego, deixei ela bem lavadinha, bem limpinha. Nos secamos e fomos para a cama. Pedi que ela deixasse só as luzes vermelhas ligadas. Me joguei pra cima. Chupei aquela menina de cima abaixo. Ela era toda feita de carne morena, toda rígida, toda volumosa, grandes coxas, grandes tetas. Ela não perdeu tempo e se atracou no meu pau, feito uma bezerra faminta.

Desmamei ela, empurrei ela sobre a cama e cravei meu pau na boceta dela. E lá estava eu me servindo da foda que eu precisava.
Ficamos ali metendo, metendo, metendo. Uma foda daquelas, por cento e cinquenta pilas.

Eram umas 04:26 quando tirei ela do quarto e voltamos para o salão. Soltei umas notas de dois pilas na mão dela e pedi que ela escolhesse umas músicas pra gente dançar. Fui no balcão e peguei uma cerveja. O cara no balcão disse que eu não poderia ficar sem camisa no bar. disse a ele que iria no quarto pegar minha camisa. Peguei a cerveja e voltei para o salão. Puxei minha índia e dancei à vontade com ela, eu havia tido uma foda rejuvenescedora e estava cheio de energia por conta disso. Dançamos as seis músicas e estava tão gostoso que ela me convidou para passar mais um tempo com ela no quarto, por conta dela.

Fechamos a porta do quarto e demos mais uma bela trepada. O encaixe d’eu nela foi perfeito. A foda que eu precisava. Ela confessara gostar de vara, e eu metia a vara nela. Eu confessara estar precisando de uma boa boceta, e ela abocanhava meu pau com sua boa boceta.

Lá pelas tantas, quando já se podia ouvir os caminhões passando um depois do outro na BR, o dono da casa começou a bater repetidas vezes na porta do quarto. Olhei a hora, eram quase 6 da manhã.

- Temos que ir.
- Não quero parar.
- Eu também não.
- Eu durmo aqui, contigo.
- Não posso, não durmo aqui.
- Vou contigo pra tua casa.
- Não posso. Pega meu telefone, me liga mais tarde.

Peguei o número dela, me vesti e me mandei. Entrei no do Amor. O dia já estava claro. Acelerei bêbado pela BR, de um jeito que facilmente me encrencaria com os guardas.

Mas todo vagabundo tem sorte.

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