domingo, 10 de novembro de 2013

Progresso.

O paradoxo central não está no mapa
   Nem os bois nem as estradas
O recorte foi feito à régua
   Léguas e léguas de braços de corda
Fumaça preta inalada no descanso mal resolvido
Nos olhos rasos d'água e fuligem a saudade da poeira
Momentos de crise
   Crise da cana, da pinga
Na vida movida à engrenagens engraxadas

Que venha o progresso
   as antenas, o asfalto, o assalto
Que venha o progresso
   as baratas, os ratos, os restos

O que sobrou do que não morreu
Virou um mito ocidental
Foi dizimado pelo dízimo.